O conceito de rede social em saúde: pensando possibilidades para a prática na estratégia saúde da família

Authors

  • Ricardo Lana Pinheiro
  • Carla Guanaes

Abstract

Esse artigo, de caráter teórico e reflexivo, busca discutir a utilização do conceito de rede social para o trabalho em saúde, especialmente na Estratégia Saúde da Família (ESF). Para tal, trazemos os pressupostos da ESF, considerando o caráter ampliado de atendimento que seu discurso defende e que abarca os determinantes sociais, econômicos e psicológicos da saúde. Discutimos textos que abordam a temática de redes sociais e sua utilização na saúde, que consideramos como um interessante caminho para promover ações alinhadas aos pressupostos da ESF em busca de práticas mais inclusivas e próximas à realidade da população atendida. Articulamos essa discussão às contribuições do movimento construcionista social, que traz subsídios para sustentar essa aproximação, auxiliando na compreensão dos processos interativos como centrais para a constituição e modos de viver das pessoas.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Ricardo Lana Pinheiro

Aluno de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Psicologia do Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto – USP

Carla Guanaes

Professora Doutora do Curso de Psicologia e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia do Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto – USP

References

ABREU-RODRIGUES, M., SEIDL, E.M.F. (2008). A importância do apoio social em pacientes coronarianos [Versão eletrônica], Paidéia, 18 (40).

ALVARENGA, M.R.M., OLIVEIRA, M.A.C., Domingues, M.A., AMENDOLA, F., FACCENDA, O. (2009). Rede de suporte social do idoso atendido por equipes de saúde da família [Versão eletrônica], Ciência e saúde coletiva, 1199, 1199-2008.

ANDRADE, G.R.B., VAITSMAN, J. (2002). Apoio social e redes: conectando solidariedade e saúde [Versão eletrônica], Ciência & saúde coletiva, 7(4).

BARROS, J.A.C. Pensando o processo saúde doença: a que responde o modelo biomédico? [Versão eletrônica], Saúde e sociedade, 11(1).

Portaria 648 de 28 de Março de 2006 – Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. Disponível em: http://portal. saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/volume_4_completo.pdf. Acesso em: 15 fev. 2011.

Ministério da Saúde. Saúde da família: uma estratégia para a reorientação do modelo assistencial. Brasília: Ministério da Saúde, 1997. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd09_16.pdf. Acesso em: 08 abr. 2011.

Portaria n. 3.925 de 13 de Novembro de 1998. Aprova o Manual para a Organização da Atenção Básica no Sistema Único de Saúde. Diário Oficial da União, Brasília, 1998. Disponível em: www.aids.gov.br/incentivo/manual/legislacao_sus.pdf. Acesso em: 20 fev. 2011.

Lei n. 8080, de 19 de setembro de 1990 (1990). Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Brasília, DF. Recuperado em 12 fevereiro 2011, de http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/lei8080.pdf.

BULLOCK, K. (1996). Family social support. In: P.J. Bomar. Promoting health in families: applying family research and theory to nursing practice (142-161). Philadelphia: Saunders.

CAMARGO-BORGES, C., MISHIMA, S.M. (2009). A responsabilidade relacional como ferramenta útil para a participação comunitária na atenção básica [Versão eletrônica], Saúde e sociedade, 18(1).

CARVALHO, A.M.A., BASTOS, A.C.S.B., RABINOVICH, E.P., SAMPAIO, S.M.R. Vínculos e redes sociais em contextos familiares e institucionais: uma reflexão conceitual. Psicologia em estudo, 11(3).

DUARTE, L.R., SILVA, D.S.J.R., CARDOSO, S.H. (2007). Construindo um programa de educação com agentes comunitários de saúde [Versão eletrônica], Interface (Botucatu), 11(23).

GERGEN, K. (1997). Realities and Relationships: soundings in social construction. Londres: Sage.

GERGEN, K. (1985). The social constructionist movement in modern psychology [Versão eletrônica], American Psychologist, 40(3), 266-275.

GUANAES, C. (2006). A construção da mudança em terapia de grupo: um enfoque construcionista social. São Paulo: Vetor.

GUTIERREZ, D.M.D., MINAYO, M.C.S. (2008). Família, redes sociais e saúde: o imbricamento necessário [Versão eletrônica] Fazendo Gênero, Florianópolis, 2008. Disponível em: http://www.fazendogenero.ufsc.br/8/sts/ST34/Gutierrez-Minayo_34.pdf. Acesso em: 25 fev. 2011.

IBAÑEZ, T. (2001). Como se puede no ser construccionista hoy em dia? In T. IBAÑEZ. Psicologia social construccionista. México: Universidad de Guadalajara.

KANAIAUPUNI, S.M., THOMPSON-SÓLON, T., DONATO, K.M. Counting on Kin: social networks, social support and child health status. University of Wisconsin, março/2000. Disponível em: <http://www.ssc.wisc.edu/cde/cdewp/2000-10.pdf>. Acesso em: 22 fev. 2011.

MÂNGIA, E.F., MURAMOTO, M.T. O estudo de redes sociais: apontamentos teóricos e contribuições para o campo da saúde. Rev. Ter. Ocup. Univ. São Paulo, v. 16, n. 1, p. 22-30, jan./abr., 2005. Disponível em: http://www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415- 91042005000100005&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt. Acesso em: 03 fev. 2011.

MARTELETO, R. M. Análise de redes sociais: aplicação nos estudos de transferência da informação. Ciência da Informação, Brasília, v. 30, n. 1, p. 71-81, 2001. Disponível em: http://revista.ibict.br/index.php/ciinf/article/view/226/201. Acesso em: 03 fev. 2011.

MARTINS, P.H. (2010). Redes sociais como novo marco interpretativo das mobilizações coletivas contemporâneas. Caderno CRH, 23, (59). Recuperado em 11 fevereiro, 2011, de http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-49792010000200013&script=sci_arttext.

MATTA, G.C., FAUSTO, M.C.R. (2007). Atenção primária à saúde: histórico e perspectivas. In: V.G.C MOROSINI, A.D. CORBO (orgs.). Modelos de atenção e a saúde da família. Rio de Janeiro: EPSJV/Fiocruz.

MENESES, M.P.R., CASTELLA SARRIERA, J. Redes sociais na investigação psicossocial. Aletheia, Canoas, 21. MORE, C.L.O.O. (2005). As redes pessoais significativas como instrumento de intervenção psicológica no contexto comunitário. Paidéia (Ribeirão Preto), 15(31), 287-297.

NUNES, M.O., TRAD, L.B., ALMEIDA, B.A., HOMEM, C.R., MELO, M.C.I.C. (2002). O agente comunitário de saúde: construção da identidade desse personagem híbrido e polifônico. Cadernos de Saúde Pública, 18(6).

PAGEL, M.D., ERDLY, W.W., BECKER, J. (1987). Social networks: we get by with (and in spite of) a little help from our friends. Journal of Personality and Social Psychology, 53(4),793-804, 1987. Recuperado em 11 fevereiro, 2011, de http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3681652.

SANCHEZ, K.O.L., FERREIRA, N.M.L.A., DUPAS, D.B.C. (2010). Apoio social à família do paciente com câncer: identificando caminhos e direções. Revista Brasileira de Enfermagem, 63(2). Recuperado em 12 março, 2011 de http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672010000200019&lng=en&nrm=iso&tlng=pt.

SHOTTER, J. (2000). Conversational realities: constructing life through language. Londres: Sage.

SOUSA, M.F., HAMANN, E.M. (2009). Programa Saúde da Família no Brasil: uma agenda incompleta?. Ciência & saúde coletiva, 14(1).

SLUZKI, C.E. (1997). A rede social na prática sistêmica: alternativas terapêuticas. São Paulo: Casa do Psicólogo.

STOTZ, E.N. (2009). Redes Sociais e Saúde. In: R.M. Marteleto & E.N. Stotz. (Orgs.). Informação, saúde e redes sociais: diálogos de conhecimentos nas comunidades da Maré. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz; Editora UFMG, 2009.

TEMPORÃO, J.G. (2009). Saúde da família, agora mais do que nunca! Ciência & saúde coletiva, 14(1).

VALLA, V.V. (2000). Redes sociais, poder e saúde à luz das classes populares numa conjuntura de crise. Interface (Botucatu), 4(7).

VIEIRA FILHO, N.G., NOBREGA, S.M. (2004). A atenção psicossocial em saúde mental: contribuição teórica para o trabalho terapêutico em rede social. Estudos de psicologia (Natal), 9(2).

Published

2016-04-07

How to Cite

Pinheiro, R. L., & Guanaes, C. (2016). O conceito de rede social em saúde: pensando possibilidades para a prática na estratégia saúde da família. Nova Perspectiva Sistêmica, 20(40), 9–25. Retrieved from https://revistanps.emnuvens.com.br/nps/article/view/80

Issue

Section

Artigos