Como ensinar a não saber?

Abstract

O presente artigo propõe-se a refletir sobre os caminhos e desafios que possibilitam aos alunos de cursos de formação de terapeutas com uma postura colaborativa, desenvolver a atitude denominada como “não-saber” (Anderson & Goolishian, 1988). Procura refazer o processo pessoal da autora de aquisição de conceitos facilitadores para uma escuta atenta e disponível, que se mescla com processo semelhante da constituição do Instituto Familiae. Descreve quais vozes têm sido propiciadoras e organizadoras de um caminho permanentemente em construção do lugar do docente como um facilitador do processo de aprendizagem que o Instituto Familiae procura desenvolver em cursos de formação de terapeutas de casal e família e de profissionais que atuam junto a famílias, grupos e comunidades em áreas de desenvolvimento humano. Apresenta as vozes de alunos das quatro últimas turmas quanto ao que aprenderam no Familiae, o que foi importante para formarem com os colegas uma comunidade de aprendizado colaborativa informada pela posição do “não saber”.