A construção de um programa de assistência familiar em um Hospital-Dia psiquiátrico: desafios e potencialidades

Autores

  • Carla Guanaes Lorenzi Psicóloga, Professora do Departamento de Psicologia da USP, Ribeirão Preto.
  • Marcus Vinicius Santos Psicólogo do Hospital Dia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP.
  • Fabiana S Brunini Assistente social do Hospital Dia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP
  • Sérgio Ishara Psiquiatra do Hospital Dia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP
  • Sandra M.C. Tofoli Enfermeira do Hospital Dia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto -USP e mestranda do programa de pós-graduação em Saúde Mental da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP.
  • Eliana M. Real Terapeuta ocupacional do Hospital Dia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP

Palavras-chave:

terapia de família, grupos, saúde mental, construcionismo social

Resumo

Esse artigo tem por objetivo discutir desafios e potencialidades da construção de um programa de assistência familiar em um Hospital­-Dia Psiquiátrico. Para tanto, apresentamos algu­mas práticas voltadas ao cuidado e a inclusão da família no tratamento ao portador de doença mental que vêm sendo desenvolvidas nesse contexto, tendo como base as contribuições do movimento construcionista social em Psicologia. A partir disso, discutimos como a adoção de posturas construcionistas têm permitido à equipe a revisão de conceitos e posicionamentos, favo­recendo reflexões acerca das implicações do uso dos discursos da doença mental e do profissional como especialista no cuidado à família.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Carla Guanaes Lorenzi, Psicóloga, Professora do Departamento de Psicologia da USP, Ribeirão Preto.

Psicóloga, Professora do
Departamento de Psicologia da
USP, Ribeirão Preto.

Marcus Vinicius Santos, Psicólogo do Hospital Dia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP.

Psicólogo do Hospital Dia do
Hospital das Clínicas da Faculdade
de Medicina de Ribeirão Preto –
USP.

Fabiana S Brunini, Assistente social do Hospital Dia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP

Assistente social do Hospital
Dia do Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina de Ribeirão
Preto – USP

Sérgio Ishara, Psiquiatra do Hospital Dia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP

Psiquiatra do Hospital Dia do
Hospital das Clínicas da Faculdade
de Medicina de Ribeirão Preto –
USP

Sandra M.C. Tofoli, Enfermeira do Hospital Dia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto -USP e mestranda do programa de pós-graduação em Saúde Mental da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP.

Enfermeira do Hospital Dia do
Hospital das Clínicas da Faculdade
de Medicina de Ribeirão Preto
-USP e mestranda do programa de
pós-graduação em Saúde Mental
da Faculdade de Medicina de
Ribeirão Preto – USP.

Eliana M. Real, Terapeuta ocupacional do Hospital Dia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP

Terapeuta ocupacional do Hospital
Dia do Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina de Ribeirão
Preto – USP

Referências

Andersen, T. (1999). Processos reflexi¬vos. (R.M. Bergallo, Trad.). Rio de Janeiro: Instituto Noos / ITF.

Anderson, H. (2009). Conversação, lin¬guagem e possibilidades. (M.G. Ar¬mando, Trad.). Rio de Janeiro: Roca.

Bakhtin, M.M. (1997). Marxismo e fi¬losofia da linguagem (8ª ed.). (M. Lahud & Y. F. Vieira, Trad.). São Paulo: Hucitec.

Barros, J.A.C. (2002). Pensando o pro¬cesso saúde doença: a que responde o modelo biomédico?. Saúde soc., 11 (1), 67-84.

Bezerra, B., Jr. (2007). Desafios da re¬forma psiquiátrica no Brasil. PHY¬SIS: Rev. Saúde Coletiva, 17 (2), 243- 250.

Caliman, L.V. (2009). A constituição só¬cio-histórica do “fato TDAH”. Psico¬logia e Sociedade, 21 (1), 135-144.

Cecchin, G. (1998). Construindo pos¬sibilidades terapêuticas. In: S. Mc¬Namee & K. Gergen (Orgs). A te¬rapia como construção social. (C.O. Dornelles, Trad.). Porto Alegre: Ar¬tes Médicas.

De Leon, G. (2003). A Comunidade Te¬rapêutica: teoria, modelo e método. (C. A. Bárbaro, Trad.). São Paulo: Edições Loyola.

Delgado, P.G. (1992). As razões da tu¬tela: psiquiatria, justiça e cidadania do louco no Brasil. Rio de Janeiro: Te Corá Editora.

Gergen, K.J. (1985). The social con¬structionist movement in modern psychology. American Psychologist, 40, 266-275.

Gergen, K. J. (1997). Realities and re¬lationships: soundings in social construction. (2nd ed.) Cambridge: Harvard University Press.

Gergen, K.J, & Gergen, M. (2010). Construcionismo social: um convite ao diálogo. Rio de Janeiro: Instituto Noos.

Gergen, K.J., & McNamee, S. (2010). Do discurso sobre a desordem ao diálogo transformador. (A. Sampaio, Trad.). Nova Perspectiva Sistêmica, 38, 47- 62.

Grandesso, M. (2000). Sobre a recons¬trução do significado: uma análise epistemológica e hermenêutica da prática clínica. São Paulo: Casa do Psicólogo.

Guanaes, C. (2006). A construção da mudança em terapia de grupo: um enfoque construcionista social. São Paulo: Vetor.

McNamee, S. (1998). A reconstrução da identidade: a construção comum da crise. In: S. McNamee & K. Gergen (Orgs). A terapia como construção social. (C.O. Dornelles, Trad.). Por¬to Alegre: Artes Médicas.

McNamee, S. (2004a). Social construc¬tion as practical theory: lessons for practice and reflection in psycho¬therapy. In: D. Pare & G. Larner (Eds.). Collaborative practice in psychology and therapy. New York: Haworth.

McNamee, S. (2004b). Promiscuity in the practice of family therapy. Jour¬nal of Family Therapy, 26, 224–244.

McNamee, S., & Gergen, K. (1998). A te¬rapia como construção social. (C.O. Dornelles, Trad.). Porto Alegre: Ar¬tes Médicas.

Ministério da Saúde do Brasil. (2005). Reforma Psiquiátrica e Política de Saúde Mental no Brasil – Conferên¬cia Regional de Reforma dos Serviços de Saúde Mental: 15 anos depois de Caracas. Brasília, 07 a 10 de novem¬bro de 2005.

Pessotti, I. (1994). A loucura e as épo¬cas. São Paulo: Editora 34.

Pegoraro, R.F., & Caldana, R.H.L. (2006). Sobrecarga de familiares de usuários de um Centro de Atenção Psicossocial. Psicol. estud., 11(3), 569-577.

Pereira, M.A.O., & Pereira, A., Jr. (2003). Transtorno mental: dificul¬dades enfrentadas pela família. Rev Esc Enferm USP, 37(4), 92-100.

Rosa, L. (2011). Transtorno mental e o cuidado na família. São Paulo: Cor¬tez.

Seikulla, J., Alakare, B., & Aaltonen, J. (2007). Diálogos abertos em psico¬se, parte 1: introdução e relato de caso. Nova perspectiva sistêmica, 27, 20-36.

Shotter, J. (1989). Social accountability and the social construction of ‘you’. In: J. Shotter & K.J. Gergen (Eds.). Texts of identity. London: Sage.

Shotter, J. (2000). Conversational re¬alities: constructing life through language. In: Inquiries in social con¬struction. London: Sage.

Spink, M.J.P., & Medrado, B. (1999). Produção de sentidos no cotidia¬no: uma abordagem teórico-meto¬dológica para análise das práticas discursivas. In: M.J. Spink (Org.). Práticas discursivas e produção de sentidos no cotidiano: aproximações teóricas e metodológicas. São Paulo: Cortez.

Stewart, J., & Zediker, K. (2002). Dia¬logue as tensional, ethical practice. Southern Communication Journal, 65(2/3), 224-242.

Teixeira, M.O.L. (1993). O cristal de vá¬rias faces: a psicanálise, o campo de saber psiquiátrico e o modelo das co¬munidades terapêuticas. Dissertação de mestrado, Instituto de Psiquia¬tria da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Vygotsky, L.S. (2005). Pensamento e lin¬guagem. (3ª ed). São Paulo: Martins Fontes.

White, M., & Epston, D. (1990). Medios narrativos para fines terapéuticos. Buenos Aires: Paidós.

Wittgenstein, L. (1999). Investigações filosóficas. (Coleção Os Pensadores). (J.C. Bruni, Trad.). São Paulo: Nova Cultural.

Downloads

Como Citar

Lorenzi, C. G., Santos, M. V., Brunini, F. S., Ishara, S., Tofoli, S. M., & Real, E. M. (2017). A construção de um programa de assistência familiar em um Hospital-Dia psiquiátrico: desafios e potencialidades. Nova Perspectiva Sistêmica, 21(43), 54–72. Recuperado de https://revistanps.emnuvens.com.br/nps/article/view/272

Edição

Seção

Artigos