Psicólogas(os) clínicas(os) e as demandas de mãe e pais em litígio
DOI:
https://doi.org/10.38034/nps.v30i69.613Palavras-chave:
Psicoterapia, Psicologia jurídica, Divórcio, Alienação parental, Abuso sexualResumo
Psicólogas(os) clínicas(os) são procuradas(os) com frequência por genitores envolvidos em processos judiciais sobre a guarda de filhos, com alegações de alienação parental e/ou abuso sexual infantil. Nessas situações, são comuns pedidos de documentos psicológicos, os quais, invariavelmente, são encaminhados à Justiça. Além de incrementar a lide processual, tais documentos têm resultado em denúncias éticas nos Conselhos de categoria, realizadas por genitores que se veem prejudicados por seu conteúdo. Neste ensaio, objetivamos contribuir do ponto de vista teórico, técnico e ético da Psicologia para discussões acerca da produção de documentos por psicólogas(os) que atuam em consultório privado. Aliada à experiência das autoras como psicólogas jurídicas, é adotada a perspectiva social crítica da Psicologia Jurídica. Constatamos que o reduzido envolvimento daquelas(es) profissionais nos debates sobre família pós-divórcio torna as práticas na área de fácil alcance da judicialização. Apontamos, assim, como urgente e imprescindível o diálogo interdisciplinar.
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