Tecendo redes, construindo pontes: atendimento a uma família migrante na clínica de famílias do Instituto Noos
DOI:
https://doi.org/10.38034/nps.v29i66.564Palavras-chave:
Famílias em migração, Violência intrafamiliar, Interculturalidade, Abordagem colaborativo-dialógica, terapia de famíliaResumo
Neste artigo compartilhamos os desafios que vivenciamos no atendimento em terapia familiar a uma família de migrantes na Clínica Social do Instituto Noos, em São Paulo. A família, de origem boliviana, era composta de mãe e seus três filhos com idades entre 7 e 11 anos. No início do processo, os quatro moravam em um centro de acolhimento sigiloso, uma vez que a mãe havia sofrido agressões e ameaças violentas do seu ex-marido, pai dos três meninos. Acolher na nossa clínica uma família de migrantes que, naquele momento, morava em abrigo sigiloso, foi uma experiência inédita para nós, que gerou muitas interrogações e demandou muita criatividade e flexibilidade para podermos estar juntos e promover a conversação em um contexto tão especial. Ao longo do processo, pudemos refletir sobre o quanto de nossas crenças e a nossa postura, inspiradas no Construcionismo Social e nas práticas colaborativas, nos instrumentalizaram para podermos desenvolver este trabalho numa situação tão nova e desafiadora. Podemos destacar a nossa disposição em nos colocar em posição de não saber, ao mesmo tempo ampliando a escuta e a nossa disponibilidade para acolhê-los em suas dores e dilemas tão singulares e tão estrangeiros para nós.
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