A construção da parentalidade após a dissolução conjugal e as oficinas de parentalidade
DOI:
https://doi.org/10.38034/nps.v29i66.519Palavras-chave:
divórcio, parentalidade, relações familiares, família.Resumo
O presente estudo é uma pesquisa qualitativa que tem por objetivo descrever as percepções de pais e filhos que participaram das Oficinas de Parentalidade acerca da construção do exercício da parentalidade após a dissolução conjugal e as reverberações da participação nas oficinas em suas relações. O método utilizado foi o de estudo de casos múltiplos. Integraram este estudo três famílias compostas por pais, mães e filhos biológicos que participaram da Oficina de Parentalidade em uma cidade do interior de Minas Gerais. Como instrumento de coleta de dados, utilizou-se entrevistas semiestruturadas para pais e filhos. Os dados foram analisados segundo a técnica de análise de conteúdo. Pôde-se perceber o caráter emaranhado das relações conjugais e parentais e, também, a forma como a naturalização de papeis maternos e paternos repercute na construção da parentalidade, favorecendo conflitos de lealdade principalmente nas famílias que vivenciam processos litigiosos. Há um grande esforço tanto de pais quanto de filhos para se adaptarem às mudanças advindas da separação, sendo a Oficina de Parentalidade um importante instrumento de suporte às famílias.
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